segunda-feira, 28 de junho de 2010

Indios Cariris


Cariris

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Nota: Se procura pela família lingüística do tronco macrojê, hoje considerada extinta, veja Língua cariri.

Da esquerda para a direita: Dona Tereza Kariri, Bida Jenipapo-Kanindé, Cacique Pequena Jenipapo-Kanindé, Fernando Tremembé e Jamille Kariri. Participantes do II Encontro do Povo Kariri, realizado em Crateús - Ceará, em junho de 2007.
Mapa indicando a presença indígena contemporânea no Ceará. Fontes: FUNAI e FUNASA.
Povos Indígenas em Alagoas e Sergipe.Kariri ou Cariri é a designação da principal família de línguas indígenas do sertão do Nordeste e vários grupos locais ou etnias foram ou são referidos como pertencentes ou relacionados a ela. Na literatura especializada, existe uma larga discussão sobre os pertencimentos dos grupos indígenas do sertão à família cariri ou a outras famílias como a tarairiu. Além dessas, existem várias línguas isoladas (yathê, xukuru, pankararu, proká, xokó, natu etc.). Historicamente, esses grupos aparecem denominados de modo genérico como tapuias e podem ser vinculados ao tronco macro-jê. Para uma ideia da distribuição geográfica da família cariri e desses grupos ou etnias, consulte o mapa etno-histórico de Curt Nimuendaju, editado pelo IBGE e já em uma segunda ou terceira edição e que certamente pode ser encontrado em boas bibliotecas de São Paulo. No mapa há também uma lista bibliográfica com várias referências de fontes históricas.


Família linguística

Apesar de comprovadamente presente em todo o semi-árido nordestino, apenas quatro das línguas cariri chegaram a ser minimamente descritas, todas elas da região ao sul do rio São Francisco: o dzubukuá, falado por grupos no arco do submédio São Francisco (entre o que é hoje Petrolina e Paulo Afonso); o kipea, falado por índios que se tornaram conhecidos como quiriris (ou Kiriri) principalmente na bacia do Itapicuru, Bahia; e o camuru (ou cariri) e o sapuiá, de duas aldeias próximas na região de Pedra Branca (bacia do Paraguaçu), também na Bahia.

Os Sertões dos cariris



Toda a região marcada pela presença dos cariri e pela Guerra dos Bárbaros tem isto hoje muito distintitivamente assinalado em sua toponímia, no extenso arco de serras dos Cariris Velhos e dos Cariris Novos, respectivamente nas divisas entre Paraíba e Pernambuco e entre Paraíba e Ceará; na região do Cariri, a sudoeste de Campina Grande (também uma antiga missão de índios), na Paraíba, e, famosamente, no Vale do Cariri, que ocupa toda a bacia do Alto Jaguaribe, no sul do Ceará.

Kariris atuais
Vários grupos indígenas contemporâneos no Nordeste reivindicam ascendência dos cariris históricos. Entre eles, podemos citar: os kiriri, kaimbé, tumbalalá e pataxó-hã-hã-hãe, da Bahia; os kariri-xokó, karapotó, tingui-botó, aconã, wassu-cocal e xukuru-kariri, de Alagoas; os truká, pankará e atikum, de Pernambuco; e os kariri, do Ceará e Piauí.

Atualmente, a comunidade indígena kariri no município de Crateús possui 116 pessoas
Mudança Cultural


Placa de entrada da Secretaria de Estado da Cultura, em Belo Horizonte.A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades.

Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar.

A mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros. Modificações na maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis. A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em adotar, e depois rejeitar um novo conceito.

O 'ambiente' exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social.